Brasil define sistema de conversão digital que exclui internet

Dona Cristna Vicente, em João Pessoa, vai precisar de Internet banda larga além do conversor digital

Anatel decide que 60 milhões de brasileiros terão conversor de TV digital com interatividade, mas ainda sem internet. Um avanço, mas é preciso garantir conexão com internet, promovendo Inclusão digital plena.

É o que espera Dona Cristina Vicente, do Colinas do Sul, em João Pessoa, que, assim como as 14 milhões de famílias do Programa Bolsa Família, tem em sua sala a chamada TV de tubo e só recebe em casa o sinal analógico. E para ter uma TV digital interativa, terá que ter o conversor e uma conexão de Internet banda larga.

Dona Cristina e sua família já experimentaram uma vez o potencial da TV digital interativa, pois está entre as 100 famílias de João Pessoa que receberam conversor de TV digital e antena digital, por um período de seis meses, entre 2012 e 2013, quando a equipe do Núcleo Lavid e TV UFPB implantaram na capital paraibana a primeira experiência de transmissão digital com interatividade, na América Latina, voltada exclusivamente para famílias de baixa renda.

O projeto pioneiro foi coordenado pela EBC ( Empresa Brasil de Comunicação), com apoio de diversas órgãos, universidades e empresas, e hoje está em sua segunda etapa, em Brasilia, beneficiando um número maior de brasileiros.

Este e outros projetos serão apresentados na EXPOTEC, dia 28, as 13h30, por Guido Lemos, coordenador do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (Lavid/UFPB). A palestra "O futuro do audiovisual na ótica do Lavid-UFPB" apresentará os projetos e resultados das pesquisas no LAVID em televisão e cinema digital com foco em interatividade e acessibilidade, telemedicina e telesaúde, suporte a execução distribuída de espetáculos de dança, teatro e música.

Texto: Madrilena Feitosa com Ascom Expotec


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