Quadrinista da Marvel, Mike Deodato, apresenta painel sobre a carreira na Expotec 2016

Foto: Ana Daniela Aragão/Assessoria Expotec

Deodato Taumaturgo Borges Filho – cujo pseudônimo é Mike Deodato -, quadrinista da Marvel, iniciou a participação na Expotec 2016 ao som de Deep Purple, com a música “smoke on the water”. Antes de ser anunciado, compuseram o painel “Quadrinhos made in Paraíba” os professores Geraldo Rodrigues, Vinicius Melo e Jader Rodrigues do Instituição de Ensino Superior da Paraíba (Iesp), que foram os moderadores.

No último dia do evento de inovação, que é promovido pela Associação Nacional para Inclusão Digital (Anid), com apoio do Governo do Estado e do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), Mike Deodato foi uma das grandes atrações. Ele assumiu, em entrevista cedida à imprensa do evento, o prazer de ser reconhecido no próprio estado de onde é natural, em um evento como a Expotec.

O pai de Mike, Deodato Borges, também foi um grande artista e ele admite a influência que teve: “painho criou o Flama, que é uma das primeiras personagens dos quadrinhos do Nordeste, em 1963, que era passado em uma novela de rádio que ele mesmo dirigia, escrevia e interpretava a personagem principal. Cresci ouvindo-o na rádio, vendo fotos dele vestido como Flama e desenhando em casa, então o meu pai é o meu grande herói. Painho foi tudo”.

Durante alguns anos, o renomado artista teve a honra de trabalhar junto ao que considera o maior herói: “terminamos trabalhando juntos por algum tempo. Foram dez anos no mercado brasileiro, ele escrevendo e eu desenhando. Ele foi o responsável pela minha decisão de virar quadrinista”, confessa.

Mike lançou, há dois anos, o álbum “Quadros”, composto por quadrinhos autorais, porque, segundo disse, estava sentindo a necessidade de fazer algo independente, pois ele possui um contrato de exclusividade com a Marvel – estúdio onde são produzidas e narradas histórias das próprias linhas editoriais da marca – e que, por si só, já demanda muito trabalho também. Por isso, o material precisou ser feito aos poucos, uma página por vez, de modo que ao longo de algum tempo pudesse juntá-las, formando um álbum.

Ele falou, ainda, a respeito do trabalho que o ascendeu profissionalmente: a Mulher Maravilha, no qual fez uso dos estereótipos da mulher brasileira. Hoje, admite que não faria novamente uma personagem de forma tão sensualizada, porque acredita que o foco deve ser o conteúdo da história.

Finalizando o painel, o presidente da Anid, Percival Henriques, parabenizou-o pela fala, homenageou o pai do quadrinista em questão e afirmou que o trabalho dele é de grande contribuição para o público em geral, pois, como foi dito por um dos professores do Iesp, o caráter de muitos jovens foi e será formado a partir dos quadrinhos por ele produzidos.


Rebeca Neto/Assessoria Expotec


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