Rasmus Lerdof, criador do PHP, conta sobre as intenções de viajar pelo mundo palestrando

Que tal aprender sobre a linguagem de programação PHP e discutir sobre seus aspectos com o próprio cara que a criou? Pois é, Rasmus Lerdof esteve no Centro de Convenções de João Pessoa (PB) para palestrar sobre a última versão da linguagem (PHP 7) no segundo dia da Expotec 2016. Ele nasceu na Groelândia - ilha que fica na América do Norte e é território dinamarquês -, mas se naturalizou canadense. Rasmus desenvolveu o PHP para uso pessoal em 1994, e acabou liberando-o para outros programadores depois, ou seja, caracteriza-se, hoje, como um software livre. Ela é também conhecida por ser bem simples para iniciantes e, ao mesmo tempo, ter vários recursos para profissionais.

Apesar de a Expotec ser um evento majoritariamente de tecnologia, muitos que participam dela têm interesse nos outros eixos temáticos e não compreendem a linguagem de programação. Assim, ninguém melhor do que Rasmus para tentar simplificar a explicação de como funciona o PHP na prática. “PHP é a peça que, quando alguém procura no Google por algum assunto, ela vai lá e vasculha nos dados do servidor exatamente o que o usuário solicitou, para depois entregá-lo. É um tipo de programa que os programadores escrevem os códigos e que agrupa as solicitações da web. O PHP descobre, assim, quais os dados que serão mandados de volta ao usuário para daí construir a página”, explicou ele.

Rasmus viaja o mundo dando palestras sobre o PHP, e ele tem objetivos específicos com isso. “Eu quero ajudar as pessoas a entender sobre PHP, promover a linguagem PHP e, o mais importante, receber feedbacks de pessoas que utilizam o PHP. Porque, muitas vezes, nós, programadores, construímos ferramentas para nós mesmos utilizarmos e é muito fácil perder o controle de como estão se virando programadores iniciantes e pessoas que não têm o mesmo conhecimento que nós temos”, disse.

Para que possa auxiliar as pessoas, ele ainda destaca que o que mais lhe motiva a viajar é saber das dificuldades das pessoas com o PHP ao redor do mundo. “Eu trabalho no Vale do Silício (Califórnia, EUA) e, de vez em quando, é difícil saber quais os problemas que estudantes no Brasil têm. Ou estudantes da Índia, do México, da China, por exemplo. Então, viajando e conversando com as pessoas que usam PHP eu consigo muitos feedbacks. Eu posso ir à China e descobrir que algo por lá não funciona direito por causas variadas. Para mim essa é a razão principal. E quando eu vou aos lugares, as pessoas gostam do fato de poder conversar com o cara que começou o projeto com o qual elas trabalham todos os dias. É legal por eles e divertido também. Mas, para mim, o feedback é a parte mais importante mesmo”, completa Rasmus.

Vitor Feitosa/Assessoria Expotec


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