Palestra ensina método para uma correta destinação de pilhas e baterias

Foto: Daiane Sousa

A palestra foi ministrada na sexta-feira (26), pelo mestre em Biologia e Analista Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama-PB), Ronilson José da Paz, na sala Bessa da Expotec 2016 e trouxe um método simples para um rejeite correto de pilhas e baterias, já que o descarte incorreto desses materiais pode trazer prejuízos ambientais e à saúde humana.

As propostas da apresentação foram orientar as pessoas a agir da maneira correta diante dessa situação e tentar fazê-las entender o quanto é grave descartar materiais assim de forma inadequada. Algumas substâncias contidas neles, como o mercúrio, chumbo e lítio, podem poluir o meio ambiente por anos, além de também atingir a saúde dos seres humanos, segundo Ronilson.

Ele ainda comentou que “essas substâncias, ao serem despejadas em mares, por exemplo, podem ser absorvidas por vários animais que são de consumo humano, como os moluscos. Eles possuem a característica de serem bioacumuladores e tudo isso acaba sendo passado para a pessoa que o consome”.

Esses componentes podem causar doenças graves, como anemia, distúrbios respiratórios e prejuízos no desenvolvimento mental de crianças. Diante dessa situação o Biólogo ensinou um método prático e barato que pode ser feito através da utilização de garrafas pet: com um pequeno recorte ou a entrada da própria, é possível colocar as pilhas e baterias na mesma até encher. Feito isso, procura entregar a garrafa ao agente de limpeza, informando o material contido nela, para que ele não seja despejado em aterro sanitário e, sim, em local adequado.

O palestrante alertou para o fato das empresas que fabricam esses materiais. Elas são obrigadas por lei a fazer a logística reversa, ou seja, oferecer aos clientes local de despejo adequado após o uso dos produtos. A má destinação é um grande problema e pode ser encontrado em vários ambientes das cidades, porém pode ser reduzido com uma boa divulgação dos locais disponíveis para despejo e construção de projetos voltados para ele, como ressaltou o estudante do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Diego Morais: “existem locais de destinação em João Pessoa, como o IFPB, no bairro de Jaguaribe”.

Ele ainda falou o quanto às colocações de Ronilson o incentivaram. “Sou aluno de Controle Ambiental e penso em desenvolver um projeto voltado para esse problema em conjunto com o Shopping Terceirão, pois é um local onde pode ser encontrado muito despejo inadequado”, afirmou. A palestra foi encerrada com a abertura de perguntas aos participantes da mesma.

Carolina Jurado (CPJ-UFPB)/Assessoria Expotec


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