Cultura POP

Cosplays na EXPOTEC (Foto: Mano de Carvalho)

A EXPOTEC 2018 abre espaço para a Cultura Pop, um movimento de jovens alimentado pela tecnologia. Nesse ano, a trilha será preenchida pelo Anima-X, um evento que reúne atividades afins como a participação de cosplays, oficinas e competições de KeyPop (ou K-Pop), quadra de game com o “Just Dance”, lojinhas de artigos Nerds e muito mais.

O criador do Anima-X, Lindomar Oliveira, garantiu a participação da professora Kim Young, sul coreana que mora em João Pessoa e dá aulas na academia de dança K17, especializada no gênero K-Pop.

“Também vamos ter desfiles de cosplays, inclusive estaremos com uma réplica do Trono de Ferro, do seriado Game of Thrones. E ainda vai dar para mexer o corpo em frente ao telão onde vamos instalar o Just Dance”, anuncia Lindomar.

O Anima-X preencherá todas as atividades da trilha Cultura Pop na EXPOTEC, nos dias 7, 8 e 9 de novembro, a partir das 9h, no Centro de Convenções da Paraíba.

 

Cosplays trazem personagens para a vida real

Imitar o personagem do filme ou da HQ predileta, nos mínimos detalhes, até incorporar sua personalidade, é o desafio daqueles que se propõe a "brincar" com isso. Afinal, está na formação da palavra, do inglês: “cos”= de “costume” (traje) + “play” (brincar).

Olívia Polyana é arquiteta, filha, estudante, amiga… Mas curte se transformar em personagens de filmes.

“Uma época, achavam que meu nome era Alice, porque andei muito como Alice, do País das Maravilhas!”, exclama antes de explicar que ser cosplay é um hobby. É muito mais do que vestir uma fantasia; é a caracterização fiel de um personagem conhecido dos livros, de filmes, de desenhos animados ou dos quadrinhos (HQ). “O cosplay reproduz um personagem que já existe, até os mínimos detalhes e incorpora sua personalidade. Não pode criar uma fantasia. Não pode ser qualquer pirata, por exemplo. Tem que ser o “Barba Azul”, ou o “Jack Sparrow”, complementa.

Olívia é conhecida por organizar eventos de cultura pop com a participação de cosplays e outras atrações. Ela dá palestras sobre o tema e falou que essa atividade surgiu em uma feira de ficção científica nos Estados Unidos, a Worldcon de Nova Iorque, em 1939. Um casal de amigos - Forrest J. Ackerman, e sua amiga Myrtle R. Douglas - apareceram caracterizados como personagens de um filme da época e chamou a atenção. Mais tarde, um japonês, Nobuyuki Takahashi, visitou uma Worldcon e se impressionou com as caracterizações. Ao voltar para o Japão, influenciou seus amigos e a prática se difundiu entre os japoneses identificada pelo termo “cosplay”.

 

A tecnologia alimenta a cultura pop de hoje

O conceito de cultura pop nasce com o surgimento da Indústria Cultural, a partir dos anos 1940. Um processo identificado por pesquisadores da Escola de Frankfurt, de reprodução massiva de criações musicais, de design, de filmes, entretenimento distribuído às massas populacionais. A cultura pop se origina em tal contexto, com a ação crítica de artistas sobre essa tendência de comercializar produções populares como arte. Inclusive, através das histórias em quadrinhos e filmes.

Com o desenvolvimento da tecnologia, os games incorporaram os personagens das HQs e foram ainda mais difundidos entre os jovens familiarizados com os computadores. Na música, os sintetizadores e programas de computação passaram a ser usados na produção da música eletrônica, que é a base do K-Pop, vindo da Coreia do Sul (“K”, de Korea).

Assim, a cultura pop hoje está relacionada à tecnologia que se encontra em sua base de produção. Os jovens têm acesso a recursos tecnológicos para entretenimento e trazem para a vida real os personagens de filmes, HQs ou livros, e os games RPG, (o “role-playing games”, jogos de interpretação de papéis). Assim nascem atividades como o Swordplay, que simula uma luta medieval com réplicas de espadas e escudos.

 


Realização

Instituições parceiras que apoiam o evento